terça-feira, 11 de outubro de 2011

Vou de taxi

O que não falta no Rio de Janeiro são taxis. No centro da cidade, na Av. Rio Branco, há hordas deles, fazendo todo tipo de estripulia. É só você respirar que um táxi para do seu lado para te apanhar. Nada contra os táxis que circulam livremente pela cidade, mas tudo contra aqueles que partem dos aeroportos, rodoviárias e pontos turísticos.

Acho um absurdo o modo com o turista é tratado do Rio, bem como a máfia que se formou de empresas de táxi para explorá-lo. Logo na sala de desembarque dos aeroportos há alguns guichets de venda de taxi pré pago. Os preços são os mais absurdos que se possa imaginar. Para se ter uma idéia, uma corrida do Galeão até Botafogo, pegando um taxi comum na rua com o taxímetro ligado custa em torno de 50 a 60 reais e uma corrida do Santos Dumont até Botafogo não sai mais que 25 reais. Os preços do pré pago: Galeão-Botafogo sai por 120 reais e Santos Dumont-Botafogo sai por 70 reais. Absurdo total.

O pior ainda está por vir. Os pontos de parada de táxi nos aeroportos estão tomados por uma fiscalização mista de funcionários das empresas de pré pago e de fiscais da CET. Qualquer outro táxi, que não os pertencentes a essas empresas, são desencorajados a pegar passageiros com risco de tomarem multas. Assim mesmo. Eu, com minha cara pálida de paulistana e meu marido, com aquele sotaque inconfundível de paranaense (ou seja, cara de turista), somos constantemente assediados por esse pessoal do táxi pré pago. Mas não caímos nessa.

Somos totalmente contra essa máfia e não pagamos neu a pau os preços absurdos por ela praticados. Assim para tentar pegar um táxi, nos dirigimos ao terminal de embarque na esperança de que alguma boa alma nos possa oferecer seus serviços após desembarcar algum passageiro. Nem todos os taxistas que deixam passageiros no embarque topam. Há também os ônibus frescão, custam R$ 8 e cobrem vários trechos da cidade. Pelo menos é mais viável.

Gostaríamos de alertar todos aqueles que irão visitar a cidade do Rio de Janeiro para isso. Achamos que o turista tem que ser bem tratado e não explorado. Porque se o turista é mal tratado, ainda mais turista estrangeiro, a propaganda negativa repercurte muito mais rápido que os pontos positivos.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Minha mais nova jornada

As nossas aventuras nunca acabam. Quando uma viagem termina, já começo a pensar na próxima. E passo o ano inteiro fazendo planos, botando minhas energias, para desfrutar em apenas alguns dias o esforço daquele ano. Mas vale muito a pena cada centavo.

Meu próximo destino é a Europa, mais especificamente a região dos Alpes. Vou descer em Zurique e de lá ainda não sei exatamente quais cidades visitarei. Só vou entrar dentro do trem e me deixar levar pelo sabor da aventura.

Bom, os esquemas de sempre estarão presentes, viagem por conta, lugares exóticos, hospedagem em albergues...com certeza devo incluir trekking e principalmente passeios na neve. A única diferença é que agora não vou mais sozinha. O Gustavo, meu companheiro de todas as horas, fará parte desta jornada. Isso muda tudo. Agora não sou senhora absoluta do meu tempo. Agora tenho que negociar passeios com mais alguém. Tentar achar um meio termo entre os gostos de cada um. Lidar com chiliques de ambos os lados. Ai é cansativo. Mas tem as compensações...Tem alguém para comentar in loco a paisagem e como foi o dia, ter alguém para dividir um quarto de albergue e um prato de comida. O melhor de tudo: ter alguém com uma afinidade muito grande com você. A novidade agora é que eu irei fazer uma viagem de grande porte sem ser um voo solo.

Não que não gosto de viajar sozinha, muito pelo contrário, sou bastante adepta dessa modalidade. Sempre defendi que se os seus amigos e familiares não tem grana ou fazem cú doce, meta as caras e viage. Falta de acompanhante não é justificativa para ficar em casa. As circunstâncias é que fazem ter disponibilidade ou não de uma companhia, como é o meu caso. Mas de qualquer forma, acompanhado ou não, o bom é viajar.





Mansão do capitão Von Trapp- Salzburgo



sábado, 26 de fevereiro de 2011

In Reow de Djaneirow...

O Rio de Janeiro é meu novo lar...Dizer que amo de paixão isso aqui? Nem tanto...Na real na real mesmo acho o Rio uma cidade caidinha, bem longe do que as novelas do Manuel Carlos mostram. Mas o Rio tem seus encantos sim, tem muito a oferecer em termos de atrações turísticas (bem mais do que São Paulo). E vou reestreiar o blog, depois de tanto tempo adormecido, com minhas dicas de viajante no meu próprio país. Viajante morador, diga-se de passagem.



Pra começo de conversa, caia fora dessa idéia de ser "o ponto fora da curva"...Visita o Rio e não vai ao Pão de Açúcar? Diz que é "lugar de turista"? E o que você é afinal???? Tem que visitar os principais pontos turísticos sim.



Bom, vamos aos trabalhos....



Cristo Redentor- O melhor é pegar o tremzinho. Na frente da estação do tremzinho vai tá um monte de carinha te oferecendo pra subir pro Cristo de van. Acho meio furada. Primeiro porque não tem o charme do trem, de aproveitar a paisagem e etc. Segundo que os caras da van não tem horários regulares. Você até consegue subir, agora pra descer vai ser um parto. Eles só sobem quando a van enche, aí você fica esperando uma eternidade no topo até a van chegar.O saco do tremzinho é que é sempre lotado e literalmente você vai esperar 2 horas entre comprar o ingresso e embarcar. Mas a volta é garantida a cada 20 min. Fora que o trem é legalizado e as vans, não. Imperdível, a vista é de tirar o fôlego.Melhor maneira de chegar: Metrô Largo do Machado- Ônibus Integração Cosme Velho.



Pão de Açúcar e adjacências- O bondinho é o charme do passeio, com uma vista maravilhosa. Ingresso a 40 reais por cabeça ($$$$$). Se a grana estiver curta, ou se você estiver afim de uma aventura light, existe a opção de se chegar ao morro da Urca à pé. Dá pra apreciar bem a paisagem, porém você só fica ali no morro da Urca mesmo, não consegue subir ao Pão de Açúcar. A trilha começa na pista de cooper Cláudio Coutinho, que vai beirando os dois morros. Até criança de 7 anos sobe por ali, moleza. A pista em si é um bom passeio, ainda mais para admirar o por do sol. Vale a pena almoçar no Círculo Militar da Praia Vermelha, tem um restaurante à quilo. O restaurante não é dos mais baratos, mas a comida é razoável e o visual compensa tudo.Como chegar: Metrô Botafogo integração Urca. Ou qualquer busão escrito Urca no letreiro. A Urca possui apenas uma via de acesso, que é a Av Pasteur, não tem como errar.



Praias- Qualquer coisa que seja banhado pela baía de Guanabara: impraticável. Essas águas são "O" esgoto. O povo vai nas praias da zona sul, tipo Copacabana, Ipanema, Leblon etc. Na maioria das vezes essas praias estão sujas e lotadas de gente. Olho especial em Copacabana. Ali é lotado de turista, grigo e principalmente puta! Baixo nível.Dá até pra encarar ir para essas praias, se você é um sujeito que definitivamente não tem alergia a multidões, mas elas não me agradam. Minha sugestão de praia: barra da tijuca, recreio dos bandeirantes, grumari ou qualquer outro canto a pelo menos 40km longe da zona sul. Se você tem um pouco mais de tempo e um orçamento mais folgado vá curtir praia em Búzios.

Jardim Botânico- Recomendo com empenho! Lugar lindo e mesmo no verão é agradável, pois parece que tem um ar condicionado ligado o tempo todo. As alamendas de palmeiras imperiais são imperdíveis! Como chegar: circulam várias linhas de ônibus com o letreiro "Jardim Botânico" , é só perguntar.

Forte de Copacabana- Também é bem recomendado por mim. O museu é legal, conta a história dos 18 do forte. Foram 17 militares e 1 civil que fizeram uma manifestação suicida contra o governo vigente. Eram os 18 contra uma tropa inteira do governo, não preciso nem falar no que deu. De qualquer forma, a vista da praia de Copacabana já vale a visita, é de tirar o fôlego. Não é à toa que o Reveillon no Forte é um dos mais chiques da cidade, por causa da posição privilegiada e por causa do rega bofe que rola ali. O ingresso é uma pechincha em comparação ao que o lugar oferece, a entrada é R$4,00, milicos entram de graça. Ah ali dentro existe uma filial da confeitaria Colombo, o que dá a oportunidade de tomar um cafézinho de frente pra aquela vista cinematográfica. Como chegar: qualquer ônibus que atravesse a praia de Copacabana. O Forte fica entre Copacabana e o Arpoador. O metrô mais próximo é o Cantagalo.

Palácio do Catete- Excelente passeio! A visita ao museu da República, dentro das instalações do palácio, sai por 4 reais. Além de poder admirar a exposição permanente contando a história do Brasil, bem como a arquitetura belíssima do prédio, é possível também passear pelos seus jardins. O ponto alto é a visita aos aposentos privados do presidente, que se mantém intactos desde o suicídio de Getúlio Vargas. Tudo foi deixado do jeito que estava, já que depois do ocorrido nenhum presidente voltou a ocupá-los. Momentinho macabro com a exposição do pijama do Getúlio Vargas ainda com algumas manchas de sangue e com o furo da bala no lado esquerdo. Como chegar: Metrô Catete.

Confeitaria Colombo- Belíssimo lugar (contrasta de forma gritante com os arredores sujos e fedorentos), parece que se está voltando no tempo quando se entra nesse centenário estabelecimento. Coma até entupir e beba um dos melhores cafés do Rio de Janeiro. O café da manhã e o chá da tarde são imperdíveis. Como chegar: a confeitaria fica bem no centro do Rio, na rua Gonçalves Dias. Qualquer ônibus que passe pela Av Rio Branco serve. O metrô mais próximo é o Carioca, de onde se pode ir à pé sem problemas.