domingo, 22 de fevereiro de 2009

"Nosotras"

Como são os argentinos?Aqueles caras com mullets e tiarinha no cabelo? Com barbinha por fazer? Vestindo bermudão xadrez e dizendo que Maradona é o melhor jogador do mundo? É, a fama deles não é muito boa...arrogantes...metidos a europeus...fanfarrões...

Mas a vida é uma caixinha de surpresas. E não dá para generalizar os esteriótipos. No meu grupo de trilha Inca dividi quarto com duas argentinas. Gente finíssima, sempre rindo, sempre falando besteira. No fim acabamos mesmo ficando hermanas, de compartilhar por quatro dias quarto, banheiro, comida, caminhada, ítens de camping. Não dava para ser diferente. Encontrei enfim companheiras de viagem impagáveis. Nossa principal atividade? Zoar com...um grupo de argentinos fanfarrões com quem encontramos várias vezes durante todo o trajeto da trilha. A graça era justamente ver as duas argentinas zoando com seus próprios conterrâneos, coisa que nunca ia imaginar ver. Duas pecinhas raras as chicas! Mas os caras mereciam também...Eles eram em 3, todos musculosos, exibindo seus dotes para todos os lados, fodões que só...triatletas, advogados e o carai a quatro. A frase "Mira, los boludos están acerca!!!" virou constante e motivo de riso. Boludo, para quem não sabe, é o sinônimo de rapaz fresco na Argentina. Eles nos perseguiam o tempo todo. Depois as chicas me contaram que encotraram eles na Bolívia, no salar de Uyuni. Ai que sina ahahahahah.

A lição disso tudo é você nunca se apegar a esteriótipos. Gente legal tem em qualquer parte do mundo. Posso dizer que as chicas foram uma das melhores surpresas da viagem. Talvez a gente tenha mais rixa com eles do que o contrário. Achar que eles vão nos atacar com 7 pedras na mão é um equívoco daqueles. Das diferenças, o mínimo que a gente pode fazer é dar risada. Ao invés de procurarmos diferenças, devíamos nos focar nas semelhanças porque afinal somos vizinhos!

Você ama odiar os argentinos? Ou odeia ama-los?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Contra o politicamente correto

Recebi um texto de um amigo meu, o Subaco, defendendo o trote nas universidades. Defendendo !? Sim, defendendo! Eu também defendo, não matando o bixo e nem derrubando ácido, tá ok. Agora o que irrita é que por causa de alguns fatos isolados realmente lamentáveis, ficou aquele ranço nas universidades de proibir geral o trote. As razões para apoiar o trote estão no blog do Subaco www.subalalaica.blogspot.com , ele explica melhor que eu. Isso que está acontecendo nas universidades é parte da conspiração do politicamente correto. Assim como as campanhas de combate ao fumo. Assim como os ecochatos. Assim como os naturebas-xiitas que tentam te convencer a trocar um bife por um punhado de legumes.

O politicamente correto já encheu o saco! Ninguém agora pode ser o que é. Existe um padrão de comportamento exigido pela sociedade que está dando menos vazão a atos espontâneos. A liberdade de expressão e de escolha está sendo violada pelo politicamente correto. As pessoas estão ultrapassando o direito de escolha do outro ao tentar impor as suas opiniões como se fossem verdadeiras, sob a bandeira do politicamente correto. Se alguém quer fumar e ter câncer, o problema é dele. Agora ter alguém no pé 24 h por dia dizendo que o cigarro faz mal é uma falta de respeito danada ao direito de escolha do outro.

Agora nenhum pequeno deslize é tolerado! E isso é tão chato! Porque o gostoso da vida são os pequenos deslizes. Um sorvete enorme de chocolate. Uma picanha com gordura. Um porre. Não que se deva cometer deslizes sempre, mas um ou outro pequenininho é o que torna a vida mais gostosa. Sem esses pequenos atos parece que as coisas funcionam de um modo mecânico.

Porque será que muitos estrangeiros curtem o Brasil? Pricipalmente aqueles provenientes de países anglo-saxônicos, que tem uma cultura muito metódica? Porque a cultura de países latinos como o nosso não leva a vida muito à sério. Curtimos celebrar, fazer festas, rir alto, contar piadas. Coisas que lá não são coisas muito toleradas.

Por isso aqui vai o meu manifesto contra essa praga do politicamente correto que se alastra para todos os lados ! Não se deixem levar por essa onda!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sangue do diabo

Nossa! Falando em merdas da faculdade lembrei dessa agorinha, o "Sangue do Diabo". Coisa velha, do tempo do meu 1o ano de engenharia, quando fazia laboratório de química. Na verdade a traquitana aprendi na minha infância com o meu presente de dia das crianças de 1990, o "Pequeno Químico". Usei a experiência do "Pequeno Químico" para infernizar os outros durante as aulas, uma vez que nunca me satisfazia ficar quietinha sentadinha num banco. Não dá! Para crianças hiperativas, adolescentes enérgicos e "adultescentes" sem noção como eu, tinha que arrumar um jeito de infernizar os outros.

O sangue do diabo é uma solução vermelha cor de..sangue hehehe. Uma solução louca para ser espirrada numa camiseta branquinha. Você taca nos outros, os outros ficam putos com você e ao primeiro ataque...tchan tchan...a mancha vermelha some como mágica à medida que seca. Os reagentes dá para se conseguir numa farmácia mais próxima de casa, ou no material de limpeza da mamãe ou devidamente surrupiados de um laboratório de faculdade.

Você vai precisar de:
  • Fenolftaleína. Ela é vendida em famácia, em solução ou em comprimidos para prisão de ventre. Olho nos rótulos.
  • Solução de amônia genérica. Qualquer coisa vale. O mais fácil de se conseguir é nos produtos de limpeza, principalmente limpadores de fogão. Nos descolorantes tipo Blondor também contém doses generosas de amônia. Vale lembrar que quanto maior a concentração de amônia no produto, mais vermelhão vai ficar o seu sangue do diabo.
Dissolva o comprimido pra prisão de ventre em água. Misture a solução de amônia com a de fenolftaleína. Está pronto! Como funciona? A fenolftaleína é um marcador que indica soluções básicas. Se a solução é ácida ou neutra, ela permanece incolor. Se é básica, ela fica vermelha. Por isso, na presença de amônia, que é básica, ela vai ficar bem vermelhona.

Nota importante: A mancha pode desaparecer da roupa até...a roupa ser lavada. O sabão também é básico, o que faz com que a cor vermelha reapareça. Para resolver o problema basta jogar água em abundância na roupa antes de colocar na máquina ou no tanque. Contar isso ou não para a sua vítima vai depender muito do seu grau de benevolência.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Atropelamentos


Eu amo minha bike! Trepar na bike dá barato! Trepar na bike dá orgasmo! É meu exercício físico, meio de transporte e acima de tudo, minha diversão. Mas o que tenho pena é que nesse país algo tão simples não seja valorizado. Não há ciclovias. Tudo bem, que não haja ciclovias, que a gente seja obrigado a andar nas ruas mesmo...Não há respeito do mesmo jeito.

Na ciclovia, o que dá raiva é o pessoal que fica parado ou andando no meio da faixa destinada à ciclistas. A gente tá ali querendo rasgar com a bicicleta, andando em alta velocidade, quando se depara com alguém no meio da pista. Alguém bem na faixa de ciclistas estreitinha com uma enorme faixa larga para pedestres ali do lado. Você é obrigado a freiar. Mas nem sempre a freiada consegue evitar um desastre. Atropelei uma senhora assim. Ela reclamou, reclamou, mas...tava com a razão em ficar com a bunda parada em cima da ciclovia?

E nas ruas? É bem pior! O ciclista corre perigo mesmo fazendo tudo certinho. Você pode estar lá, usando capacete, pedalando encostadinho na guia, usando farol caso esteja de noite. Aí vem um escroto bêbado ou um motorista sem noção e joga o carro em cima de você e te arrebenta todo! E o motorista ainda vem reclamar que você estava pedalando distraído! Ah vai... Eu to toda machucada, me atropelaram a uma semana atrás. Depois de uma dessa, você perde a noção do que aconteceu. Ainda bem que não tive maiores problemas, mas ouvi relatos de ciclistas com traumatismo craniano e até morte.

É muito triste que nesse país as pessoas não sejam civilizadas. O ciclista tá lá pra treinar, pra fazer o seu exercício físico que é direito de qualquer mortal. Sem falar no uso funcional da bicicleta, como ir ao supermercado, ao trabalho etc, que é um meio de transporte ecologicamente correto.

O mínimo que nós ciclistas podemos fazer é usar o capacete...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O barato de se viajar

28 dias depois... Sabe qual o grande barato de se viajar? É entrar em contato com a cultura local e aprender coisas novas. Ou também ver coisas que você já conhece através de uma outra ótica.

Muitos me perguntaram se andei por ruínas ou visitei museus todos os dias. A resposta é não. Fazer turismo todo dia enche o saco. Acredito que a filosofia viajante não é tão somente visitar as atrações, é também mergulhar na cultura do local. E como se consegue isso? Observando o dia a dia do povo local. Fazer compras em um supermercado, ir numa feira, numa banca, num cinema, contratar serviços de uma lavanderia, tudo isso são exemplos de como perceber a cultura local através de situações cotidianas. Nessas situações você é obviamente forçado a interagir com o povo e não somente com aqueles ligados às atividades de turismos. E é claro, você é forçado a usar a língua falada no país.

Uma brincadeira muito gostosa é olhar as gôndolas de supermercados. Quais produtos tem igual no Brasil? Quais são os diferentes? O que eles tem de diferente? E em relação aos produtos que tem igual no Brasil, é interessante olhar os rótulos escritos em espanhol...Parece bobagem, mas é uma brincadeira legal.

Virar uma Amélia peruana pelas gôndolas dos supermercados foi uma experiência incrível !





Transformado uma tomada 110V em 220V e vice versa

Nunca jogue os conhecimentos adquiridos fora! Aprendi esse procedimento numa aula de eletrotécnica na faculdade...A gente acha que não usa o que aprende, mas usa...Sucesso total ao converter a tomada na minha casa e poder usar a minha máquina de lavar roupa que é 220V numa casa marjoriatariamente 110V.

Material necessário:
  • Multímetro ( um desses made in china comprados em lojas de 1,99 servem muito bem ao propósito)
  • Chave de fenda
  • Alicate
Como fazer:

Atenção! Verifique se a ligação da sua casa é bifásica ou trifásica, senão não dá pra fazer a traquitana com ligação monofásica. E tome aqueles cuidados básicos de segurança quando for mexer com eletricidade, não faça nada com as mãos ou o corpo molhado e use sempre chinelos de borracha.

Confirme a voltagem da tomada usando o multímetro. Desligue o disjuntor na chave geral e desmonte a tomada. Na ligação geral são 3 fios, sendo que 2 estarão ligados na tomada e 1, solto. O pulo do gato é o seguinte...As ligações bifásicas, que são as existentes na maioria das casas, consistem de 2 fios contendo 1 fase de 110V cada um e um fio sem fase nenhuma, que chamamos de neutro. Para montarmos uma tomada 110V, ligamos um fio com fase e o neutro, assim teremos uma fase de 110V, que será a voltagem total. Para uma tomada 220V, ligamos as duas fases de 110V e deixamos o neutro solto. Depois de desmontada a tomada, ligue cuidadosamente o disjuntor e com o multímetro, verifique quais são os fios que contém fase e qual é o neutro. Sabendo qual é qual, desligue novamente o disjuntor e monte a sua tomada com a voltagem desejada (fase e neutro para 110V e fase e fase para 220V). Ligue o disjuntor e verifique assim se a voltagem desejada foi adquirida. E pronto!