sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

La Reservación

A 16 dias: Fiz as reservas para as duas noites que ficarei em Lima. É um localzinho conhecido como suítes Eucaliptus, no coração de Miraflores, a poucas quadras do Oceano Pacífico.

Como sei que vou chegar arregaçada depois de 8 dias de ralação em Cuzco, reservei a tal da suíte SPA, com cama de casal, jacuzzi, ducha escocesa e tchan tchan...sauna! Bem merecido.

El link: http://www.suites-eucaliptus.com/usefules.php

Ta ok?

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal

A 18 dias da chegada: Feliz Natal a todos! Simples assim!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Cálculo de energia

A 28 dias de chegar em Macchu Picchu- Nessa semana me chegaram duas mensagens que coincidentemente falavam sobre o mesmo tema. Existe um princípio na Infantaria que diz que "Quando você não aguenta mais, quando você acha que vai cair, e que acabaram as suas energias, olhe lá dentro de você e verá que ainda tem mais uns 20%".

Gostei do desenrolar dessa teoria feito por um amigo, essa extrapolação eu ainda não conhecia.É assim...Se você caiu, é porque ainda tem mais 20% de energia. Portanto, levante-se e vá em direção ao seu objetivo final: PROSSIGA. Se você não caiu ainda e diz que tá acabado e que tem 20% de sua energia, é porque na verdade você está poupando 50% das suas forças.

Gostei. Agora extrapolarei para outros campos do conhecimento que não seja as ciências militares. Uma ótima filosofia para começar a semana. Vamos ver se consigo acreditar nisso montanha acima a quase 4000 m de altitude.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Fale portunhol e entre pelo cano

A 29 dias de chegar em Macchu Picchu- Eu estou com medo! Confesso para os senhores que estou com medo...Faz exatos 10 anos que abandonei as aulas de Espanhol. Fiz essas aulas em caráter obrigatório quando era uma aluna do 2o ano do colegial. Era um livrinho com um bicho feio na capa chamado "Condorito", morria de dar risada com os personagens e as falas, dei tanta risada que a minha média mais baixa no 2o ano foi nessa maldita matéria.E agora, que fechei minha viagem para o Peru, vou precisar recordar tudo de novo.

Muitos se enganam em achar que falar Espanhol é fácil só porque é muito parecido com o Português. Na verdade acho que aí que mora o perigo. A gente se embola todo pra falar e acaba mesmo saindo embolado. Porque existem palavras diferentes com significados diferentes. Porque existem construções gramaticais diferentes. Porque, ora bolas, são línguas diferentes. É engraçado ver alguns gênios colocarem no currículo que falam Espanhol básico sem nunca ter frequentado uma aula! É bem fácil desmascarar esse povo...Pede pro sujeito usar a linguagem formal...ou mesmo escrever um texto simples...É difícil! A gente pode até entender um texto ou se comunicar com um paraguaio aí, mas o que vale mesmo é a língua formal. E é foda se comunicar mal quando se trabalha em uma empresa. Nesses casos eu prefiro falar em português mesmo para não correr riscos. É bem facinho cair numa roubada.

Minha memória tá ruim pra lembrar dos falsos cognatos, mas aí vão algumas palavrinhas sacanas...Por favor traduzam para o português e se surpreendam....kkkkk. Quem lembrar de mais, favor me enviar que aí eu atualizo o post..kkkk

embarazada
buceta
picadura
concha

domingo, 23 de novembro de 2008

Rotina de fábrica - O Homem Invisível

Outro dia tava conversando com um colega de trabalho no horário de almoço. Ele me comentou de uma pesquisa de um professor da USP sociólogo, ou antropólogo, ou sabe lá o que (desculpem minha "inguinorança" pessoal das Ciências Sociais). O cara se disfarçou de faxineiro e trabalhou ns dependências do campus durante sua pesquisa de campo. Depois ele escreveu um artigo denominado "O Homem Invisível". Alguém aí tem a curiosidade de saber o por quê?

Enquanto o professor estava vestido de faxineiro poucos, mas muito poucos do seu círculo social (alunos, colegas, etc) , o reconheceu. Parece que ser faxineiro e ser nada é a mesma coisa. O artigo se chama "O Homem Invisível" justamente porque essas pessoas simples que fazem parte do nosso dia a dia parecem não ter rosto nem corpo. Parecem meros robôs no meio da multidão. Quantas vezes acontece do carinha estar lá passando pano e você vai lá e pisa com seu tênis cheio de lama no chão que ele acabou de limpar? Percebi o quanto eu mesma tomava esse tipo de atitude em relação aos peões da linha de produção, cozinheiros e serviçais do restaurante da fábrica, faxineiros que limpavam os banheiros. Na semana passada fiz uma "pesquisa de campo reversa" à do professor.

Nível 1- Reparar no rosto da pessoa.
Nível 2- Chamar a pessoa pelo nome. Isso é fácil na empresa porque todo mundo usa crachá.
Nível 3- Ouvir a história de vida do cidadão.

Os resultados foram surpreendentes ! No restaurante, na hora do café da manhã, olhei pra uma baixinha que limpava a minha mesa e recolhia os miolos de pão que o povo porco tinha deixado ali em cima. Somente olhei pro seu rosto e disse um simples "muito obrigada". Ela abriu um sorriso daqueles e me perguntou "a senhora quer que eu passe um pano aí no seu lugar?".Nossa, um simples "muito obrigada" surtiu um efeito incrível, a mulher se esforçando pra me agradar...Conquistei alguém sem muito esforço. Depois foi com o mocinho da xerox...passei a cumprimenta-lo todo dia pelo nome. Ele passou a fazer encomendas expressas de xerox para Madame Mariana. Incrível. O útimo nível foi com as faxineiras do banheiro.Pude constatar o quanto o SUS é uma droga. Uma mocinha me contou que deu à luz no corredor do hospital depois de 12 horas de trabalho de parto. O médico não tava nem aí pro sofrimento dela e a enfermeira ainda bravejava "é né...pra fazer filho foi gostoso...agora aguenta!". É, de partir o coração mesmo.

É...não tenho pretensões de ser a Madre Teresa de Calcutá, mas essa experiência mudou muito meus conceitos. Acho que se a gente prestar um pouco mais de atenção nos outros, conseguimos cativar mais pessoas. É tão simples...não requer dinheiro, talvez um pouquinho do nosso tempo, mas vale a pena. E palavrinhas tão simples também fazem milagres...Tipo...por favor....muito obrigada...com licença...Foi uma experiência inesquecível.

sábado, 15 de novembro de 2008

Para o Vô


Oi Vô!

Não sei quanto tempo você ainda ficará conosco.
Sei que tem pessoas que até se arrepiam de falar nesse assunto. Esse assunto não é comentado nem a pau. Mas la veritè taí...Um dia a mais ou a menos, fatalmente isso vai acontecer. E dessa vez estarei preparada. O diagnóstico do câncer me fez acender a luzinha para as coisas que realmente importam.
Acho que nunca é tarde para dizer o quanto te amo. O quanto o senhor é importante para mim, o quanto a sua casa foi o meu porto seguro. Vou ficar satisfeita se tiver pelo menos a metade da plenitude que foi a sua vida até agora. E quero aproveitar ao máximo agora o fiozinho de vida que ainda te resta.

O vô mais louco que eu já tive. Que caçava perdizes e criava uma cachorrada do mal. Que se divertia colocando latinhas de skol em cima do muro do quintal e dava um revolver 22 pra uma menina de 9 anos atirar. Que se divertia em ver coisa errada. Que passava os fins de semana dando uma de mestre cuca e que cozinhava também as ceias de Natal. Que me mimava me entupindo de bombom garoto e....tchan tchan...BALAS CHITA! Perdi a conta das vezes em que me desdobrava de dor de barriga por causa da bala chita. E tinha que ser sabor abacaxi, tá ! A de uva era ruim que só.

A cachorrada era algo a parte...Lembro quando o Rambo, aquele vira lata malhado de preto e branco, chegou na sua casa. Você dizia "Ah é só pras crianças verem, depois eu devolvo o filhotinho". Ah tá bom. As "crianças" ficaram vendo o cachorro ali por 18 anos. Cachorro matusalém.

Olhando pra trás, só tenho a agradecer por esse bando de traquinagens geradas pelo seu espírito de porco. Você me estragou total. Mas que deixou minha infância mais feliz, ah isso deixou. E pode ficar tranquilo. Os seus genes de espírito de porco foram devidamente transmitidos. Essa criatura que aqui escreve é uma porra louca igualzinha ao senhor...
Te adoro demais e sempre vou torcer por você!

domingo, 9 de novembro de 2008

Firmando uma marca - linhas de estilo

Bom, não é porque me decepcionei com o Salão do Automóvel que não vou deixar de aproveitar alguma coisa do que fiz por lá...

Na concepção de um veículo, tentamos sempre atender aos desejos do consumidor.Ninguém aqui quer fazer um veículo com baixa aceitação no mercado...Pelo que tenho visto por aí, as montadoras estão bem niveladas em termos de mecânica e recursos tecnológicos, já não tem aquela discrepância técnica entre um VW, Fiat, Ford, GM... Como então seduzir o consumidor atualmente? É aí que entra o design, é encher os olhos do consumidor, é fisgar pela estética. Aquela máxima de que a primeira impressão é aque fica é muito verdadeira. Ao fazermos uma compra, nosso lado emocional e o inconsciente pesa muito na hora da decisão. E é exatamente esse impulso emocional que faz você liberar endorfinas e sentir aquele prazer em adquirir certo objeto. O design serve exatamente para despertar emoção no consumidor.

Além da estética, um dos motivos que também leva um consumidor a adquirir um certo produto é a fidelidade à marca. Isso é reforçado nas empresas através de uma identificação da marca, um logotipo forte, e características peculiares nos produtos de determinada marca. O design também entra nessa jogada. Todas as montadoras possuem uma diretriz de estilo nas linhas de cada veículo que é lançado, criando um "design" característico de cada montadora. Cada veículo possui suas características próprias, porém existem certas linhas de estilo que são comuns com todos os outros veículos da mesma montadora. Isso é uma maneira de firmar a marca no mercado. Poucos percebem essas sutilezas, mas elas funcionam e ficam ali no nosso sub consciente.

Para vocês entenderem legal o que estou tentando explicar,vou usar umas fotos de dianteiras de veículos da Volkswagen que tirei durante o salão do automóvel. Achei muito interessante quando vi essas fotos lado ao lado, dá para reparar bem as linhas agressivas em "V" nas dianteiras que caracteriza um veículo Volkswagen. O problema da Volkswagen é que ela anda abusando muito do recurso de ctrl + c e ctrl + v em termos de design. Aliás, não só em termos de design, como em outros aspectos também. É irritante receber como ordem do dia utilizar o recurso de "carry over" para baratear os custos de produção.

Lançaram a perua Jetta a um tempo atrás...A impressão que ficou em mim era que se tratava de um maxi Space Fox. O Pólo Hatch atual parece um maxi Gol G4. E o Pólo Sedan é um Passat em miniatura. Calma, estou falando em termos de design, ninguém aqui quer comparar o motorzão do Passat com do Pólo Sedan!!! Assim estou propondo uma pequena brincadeira...Nas fotos publicadas vocês conseguem identificar quem é quem? Associem a foto com o respectivo modelo...Dou um doce para quem acertar tudo. Atenção!!!! Cada foto é um veículo diferente!!! O ctrl + c e ctrl + v é por conta da Volks, não minha.

a) Cross Fox
b) Perua Jetta
c) Novo Voyage
d) Saveiro
e) Passat
f) Tiguan
g) Fox












sábado, 8 de novembro de 2008

Madame Engenheira @ salão do automóvel

Ganhei o direito de ir de graça para o Salão do Automóvel por trabalhar numa montadorazinha alemã aí...Que glória! Com ingresso custando 30 reais e dura pra caramba, era quase impossível frequentar um evento desse nível nos meus tempos de estudante. Já tinha frequentado feiras e mais feiras de autopeças, de fundição, de equipamentos mecânicos e o diabo a quatro, já tinha visto todo o tipo de picaretagem e baixaria. Putz...finalmente ia pra um lugar alto nível! Ia ver novidades, carros-conceito e toda aquela gama de coisas que não estou acostumada a ver no meu dia a dia na engenharia de desenvolvimento.Catei minha mochilinha e rumei pro Anhembi.

Foi meio decepcionante. Tudo que vi ali, podia ver em qualquer concessionária das respectivas marcas. Carro conceito era...conceito mesmo...porque não vi quase nenhum. Tá certo que nada nesse mundo sai de graça, tudo rola em torno do dinheiro, bussiness. Mas eu esperava ver um pouquinho ds maravilhas da engenharia em termos de novidades mesmo, coisa que nem foi lançada mesmo e não um showroom explícito das montadoras com o intuito de mostrar ao consumidor os produtos e claro, vender. Eu, trabalhando com engenharia de desenvolvimento, não vi nada que não tinha visto. Nada fora do senso comum. Nenhuma tendência a ser seguida. Tudo puramente comercial !

Pelo menos nas feiras da fundição e de mecânica era mais engraçado. Era mimada com uma porrada de brindes. O kit básico de um estande era chopp com amendoim na época de estudante, e, com a evolução fui ganhando champagne francês com queijo suíço. Rachava o bico de ver os marmanjos cheios de testosterona pagarem um pau pras modelos peitudas dos estandes. Via a baixaria correndo solta, com show da camiseta molhada e o povo gorfando pelos corredores. Era um zé povinho mesmo, gente muito simples, que estava ali se divertindo e sublimando as dores da vida com o pretexto de "ir a um evento de negócios". Perfeito. Ok.

No tal do salão vi as mesmas coisas. As marias peitudas. O povinho simples de sempre. Só que não ganhei nem um copo de água de estande nenhum. Que lástima! Ainda passei um calor do cão, porque no Anhembi não tem ar condicionado. Não conseguia nem ver os carros direito porque o ambiente tava muito lotado. Nem babar pelos carrões dava. O estande da Ferrari tava todo fechado, não dava pra você sentir a emoção de se sentar em um legítimo vermelhão. Tem uma concessionária da Ferrari perto de casa aqui em SP. Lá pelo menos vou conseguir fazer isso com tranquilidade. E ainda ganhar um copo de água. E...quem sabe...se conseguir fazer um bom teatro, me atrever a fazer um test drive num carrão daqueles.

domingo, 12 de outubro de 2008

Fumaça- Xiitas

Está rolando uma espécie de cruzada anti fumo por aí. Já não se pode mais fumar em lugar nenhum. E é só tirar um cigarrinho da bolsa que você é fuzilado pelo povo...Não fumo, nunca fumei, sei que o cigarro causa malefícios coisa e tal. Sou entusiasta dos esportes, beirando o vício. Sempre gostei de um bom arrozinho com feijão pra comer no dia a dia, meu estômago naturalmente não tolera muita porcaria gastronômica. Ótima cadidata a ser uma fumaça-xiita. Mas essa onda do politicamente correto tá enchendo o saco. Não pode isso, não pode aquilo, que pé no saco.



Que a fumaça do cigarro é cancerígena, não tenha dúvidas. Que ninguém é obrigado a aspirar fumaça de cigarro contra a vontade, isso é óbvio. Que é louvável a proibição do fumo em locais fechados, como ônibus, aviões, casas noturnas, escritórios, não dá nem pra discutir! Só que essa cruzada do politicamente correto já tá ultrapassando os limites do razoável. Em uma grande montadora foi proibido o fumo em todas, mas todas as dependências da fábrica, independente de ser local fechado ou não. Ou seja, se o cara quiser fumar, vai ter que passar o crachá na catraca e fumar do lado de fora. Com desconto no banco de horas dos minutos que ele perder fumando. É engraçado isso, hoje todo mundo fala em diversidade, no direito das minorias e aquele papo furado de sempre. Será que não poderia ter um mísero fumódromo na área externa da empresa?



Assim como é solicitado que os fumantes respeitem quem não fuma, o contrário deveria também válido. Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Deveria ser respeitado a liberdade de escolha de cada um, sem prejudicar o grupo. Isso é ser civilizado. Se alguém quer ter câncer de pulmão voluntariamente, que arque com as consequências. Só não precisa ter uma cambada de chatos buzinando no ouvido que cigarro faz mal. Quem fuma sabe disso.

Mundo civiizado é isso, respeito pela individualidade do outro. Se eu quiser fumar, problema meu. A mesma coisa é válida para os natureba-xiitas. Desde quando é pecado me deliciar com um big mac? Prefiro morrer amanhã empanturrada de cheddar mcmelt e sudae do que ser obrigada a passar o resto da minha vida comendo que nem passarinho uma comida insípida. Vou saborear os prazeres da vida sem culpa.

:)

sábado, 11 de outubro de 2008

Para o Bé

Acredito que existe alguma razão para as pessoas passarem pela nossa vida, nem que seja por um curto período de tempo. A gente pode não entender o porquê de algumas pessoas partirem tão cedo, mas que tem alguma explicação, isso tem. E é acreditando nesse fato que me dá forças para superar uma perda tão difícil.

Nossa cultura não ensina as pessoas a lidar ou conviver com a morte. Há um culto exagerado à juventude, o que nos faz acreditar que somos invencíveis. De uns anos pra cá o assunto morte tem cada vez sido empurrado para debaixo do tapete. As pessoas morrem na assepcia dos hospitais, sozinhas, sem a presença dos entes queridos. Ninguém fala, ninguém comenta, ninguém vê. A gente não acredita que essas coisas podem acontecer conosco, de pessoas tão próximas partirem. Mas acontecem.

Foi assim que me senti quando recebi a bomba, foi um baque daqueles. Um acidente de carro na via Dutra.Parecia algo surreal ! Um garotão de 25 anos que fez parte da minha vida, que frequentava a minha casa, com quem tive um relacionamento muito bacana simplesmente...partiu...Por mais que já estivessemos separados, existia a possibilidade de pegar o telefone e dar um alô, como vai, e a vida ? Cair a ficha que isso nunca mais seria possível demorou. Que eu não iria mais ouvir aquela matraca falando alucinadamente, ou tocar aqueles cabelos macios que raspados na nuca lembravam o toque de um urso de pelúcia. Que eu não iria mais passar trotes para a cia de infantaria me identificando como professora de ballet. Que as gozações terminaram. Existiam alguns ressentimentos para ser acertados entre nós e algumas dívidas financeiras (ele me devia 5 reais de um milk shake de ovomaltine kkkkkkk). A parte financeira, bem deixa pra lá. Desse mundo carnal ninguém leva nada. E os ressentimentos vão ter que ser acertados somente comigo e mais ninguém.

Por acreditar que a partida dele foi por ele ter cumprido sua missão, já não me revolto mais contra a justiça ou injustiça divina. Foi, foi, ponto final. Não entro mais nesse âmbito. O que dói agora é a saudade. As lembranças. Elas me acompanham aonde quer que eu vá. Um lugar que frequentávamos...uma frase de efeito...uma roupa especial de alguma ocasião especial. Dói tanto, machuca muito meu coração. Isso só o tempo mesmo para se encarregar de curar as feridas.

Prestei o concurso para oficial da Marinha hoje e uma coisa ficou na minha mente...Faltava 3 meses para ele se formar quando ele morreu. Ele era o tipo do cara vibrão, que gritava Infantaria! Selva! pra qualquer vira lata que passasse na rua. Era irritante o quanto ele enchia o meu saco para eu ser militar como ele. Aliás eu morria de vergonha quando ele se excedia cantando musiquinha da Infantaria pelas ruas. Pois bem...Acho que o cretino vai ficar feliz lá em cima se pelo menos um de nós tiver a chance de envergar uma espada de oficial atada à cintura.

Selva, Abel !

:)

domingo, 5 de outubro de 2008

Você gosta de olhar o céu à noite?

Olhar o céu à noite é um passatempo adorado por milhares de pessoas ao redor do mundo. Muitos pensam que o investimento para tal é grande, com aqueles telescópios caros e etc. Na verdade as únicas coisas que se precisa para começar é de uma bússola, um mapa celeste e uma lanterninha.

Procure um local longe das luzes da cidade. Seus olhos logo se acostumarão com a escuridão. Posicione o norte do mapa celeste alinhado com o norte da bússola. Pronto! É só começar a procurar as estrelas. O mapa você consegue baixar em http://www.skymaps.com/. Ele é atualizado mensalmente. Cada edição contém, além do mapa celeste, um calendário com os eventos do mês e uma relação de astros observáveis a olho nú.

Sugestão de locais:

Resende- Retão da Aman. Os cadetes podem me xingar por acharem que ali é a prisão de Alcatraz, mas foi de lá que observei o céu mais limpíssimo e a noite mais maravilhosa da minha vida. Escuridão total em local não muito longe da cidade. Lindo ! Lindo ! Lindo !

São Carlos- Universidade Federal, nos terrenos baldios para além do USE (unidade de saúde educacional). O observatório da USP também vale a pena conhecer, porém a iluminação da padaria Guanabara e da Casa do Café estraga a brincadeira. Já cheguei quase a ser presa por fazer observação com um grupinho da física em uma fazenda particular na estrada SCarlos- Ribeirão, quando era bixete ainda...

São Paulo- Nem tente...