sexta-feira, 27 de março de 2009

Meu dedão e eu

Tive uma leitura impressionante dias atrás. Era um livro infantil chamado "Meu dedão e eu", que orienta crianças a largar o hábito de chupar o dedo. Muito bem bolado. É daquelas coisas que você acha boba no começo, mas depois se surpreende. Quem quiser comprar "Meu dedão e eu" para seu filho que fica chupando o dedão, vale a pena. E mesmo que você seja solteiro e sem filhos, também vale a pena a curiosidade, porque você extrapola o problema do dedão para tentar abandonar outros hábitos nocivos. As principais lições do "Meu dedão e eu":

1- Em quais situações você chupa o dedão? (ou fuma um cigarro, ou qualquer outra coisa irritante)
2- O que você sente quando está chupando o dedão? Raiva, tristeza, alegria? Preste atenção nos seus sentimentos e tente identificar um padrão.
3- Agora tente ficar sem chupar o dedão. Pinte numa tabela o sol, se você ficou sem chupar o dedão de dia e a lua, se ficou sem chupar a noite. Combine com seus pais um sistema de recompensa se você ficou um dia sem chupar o dedão, 28 dias e 60 dias. Ou, se você é adulto, faça agrados a si mesmo caso consiga superar um hábito irritante.
4- Para evitar de ficar chupando o dedão, use uma luva
5- Identificadas as situações que levam ao hábito, tente quebrar o padrão com atividades diferentes. Por exemplo, se você costuma chupar o dedão à tarde assistindo televisão, experimente andar de bicicleta (eu, ciclista inveterada, particularmente não pensaria duas vezes em fazer a troca!!!!).

O melhor de tudo, o sistema ABC:

A- Ação: por que aquela ação ocorreu?
B- Sistema de crenças: como aquela ação foi processada?
C- Reação: como foi a reação?

Exemplo:

Ação: Tirei nota baixa em matemática

Sistema de crenças: "Eu sou um idiota, nunca vou conseguir me dar bem em matemática"
ou
" Não me dei bem agora, mas quem sabe pedindo ajuda não consiga?"

Reação: "Chupar o dedo"
ou
"Passear com o cachorro para arejar a cabeça. Depois pedir ajuda pro vizinho"

O que me chama atenção é o nosso sistema de crenças. Para uma mesma situação, é ele quem vai determinar como vamos reagir. Isso é uma prova cabal em que a história do Matrix não é de todo fora da realidade, muito pelo contrário. O mundo é como é porque nós o interpretamos assim. Sempre me perguntei se não vivemos numa realidade virtual criada por nós mesmos...

Não é viagem! É simplesmente "Meu dedão e eu".

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