sábado, 8 de novembro de 2008

Madame Engenheira @ salão do automóvel

Ganhei o direito de ir de graça para o Salão do Automóvel por trabalhar numa montadorazinha alemã aí...Que glória! Com ingresso custando 30 reais e dura pra caramba, era quase impossível frequentar um evento desse nível nos meus tempos de estudante. Já tinha frequentado feiras e mais feiras de autopeças, de fundição, de equipamentos mecânicos e o diabo a quatro, já tinha visto todo o tipo de picaretagem e baixaria. Putz...finalmente ia pra um lugar alto nível! Ia ver novidades, carros-conceito e toda aquela gama de coisas que não estou acostumada a ver no meu dia a dia na engenharia de desenvolvimento.Catei minha mochilinha e rumei pro Anhembi.

Foi meio decepcionante. Tudo que vi ali, podia ver em qualquer concessionária das respectivas marcas. Carro conceito era...conceito mesmo...porque não vi quase nenhum. Tá certo que nada nesse mundo sai de graça, tudo rola em torno do dinheiro, bussiness. Mas eu esperava ver um pouquinho ds maravilhas da engenharia em termos de novidades mesmo, coisa que nem foi lançada mesmo e não um showroom explícito das montadoras com o intuito de mostrar ao consumidor os produtos e claro, vender. Eu, trabalhando com engenharia de desenvolvimento, não vi nada que não tinha visto. Nada fora do senso comum. Nenhuma tendência a ser seguida. Tudo puramente comercial !

Pelo menos nas feiras da fundição e de mecânica era mais engraçado. Era mimada com uma porrada de brindes. O kit básico de um estande era chopp com amendoim na época de estudante, e, com a evolução fui ganhando champagne francês com queijo suíço. Rachava o bico de ver os marmanjos cheios de testosterona pagarem um pau pras modelos peitudas dos estandes. Via a baixaria correndo solta, com show da camiseta molhada e o povo gorfando pelos corredores. Era um zé povinho mesmo, gente muito simples, que estava ali se divertindo e sublimando as dores da vida com o pretexto de "ir a um evento de negócios". Perfeito. Ok.

No tal do salão vi as mesmas coisas. As marias peitudas. O povinho simples de sempre. Só que não ganhei nem um copo de água de estande nenhum. Que lástima! Ainda passei um calor do cão, porque no Anhembi não tem ar condicionado. Não conseguia nem ver os carros direito porque o ambiente tava muito lotado. Nem babar pelos carrões dava. O estande da Ferrari tava todo fechado, não dava pra você sentir a emoção de se sentar em um legítimo vermelhão. Tem uma concessionária da Ferrari perto de casa aqui em SP. Lá pelo menos vou conseguir fazer isso com tranquilidade. E ainda ganhar um copo de água. E...quem sabe...se conseguir fazer um bom teatro, me atrever a fazer um test drive num carrão daqueles.

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