domingo, 20 de setembro de 2009

Comprando carro em lançamento


Quando há o lançamento de um carro novo por uma montadora, tem aquele estardalhaço de marketing e os preços sempre tendendo ao limite estratosférico. É incrível como funciona essa nossa cultura consumista! Sempre instigando em nossa mente a idéia de que o que temos nunca é bom, nunca é o suficiente...Se temos um objeto XY recém lançado vai aparecer uma propaganda de um XYZ com mais uns n recursos que não prestam pra porra nenhuma (eu pelo menos acho!). No mercado automotivo o raciocínio é o mesmo. O cara sempre tem que ter um carro último modelo pra ser bacana e se dar bem com a mulherada. Mas será que sempre vale a pena perseguir o último lançamento???

Vou lançar agora a sementinha do mal! Sabe quando vou comprar carro recém lançado???? NUNCA! Sempre vou procurar um carro que esteja no meio do seu ciclo de vida, porque também carro prestes a sair de linha é mico. Não tenho essa preferência por motivos altruístas e anti consumistas, como muitos podem pensar ao ler o primeiro parágrafo desse post, e sim por motivos técnicos mesmo. A verdadeira razão vem do meu trabalho na indústria automotiva...Veículos em lançamento, por mais que tenham sido testados, sempre, mas sempre apresentam algumas falhas de projeto ou de processo que somente se consegue detectar após o início da produção. Isso porque antes da produção trabalhamos somente com protótipos, e por mais que sejamos cautelosos na sua construção, não é uma representação 100% real daquilo que irá sair da linha de produção. Por isso a facilidade com que alguns erros passem despercebidos aos olhos. Algumas falhas também só irão aparecer com o uso contínuo do veículo, assim impossíveis de serem detectadas na fase de prototipagem.

Tudo isso eu falo com a minha (pouca!) experiência e vivência nesse mundo automotivo. Gastei muito mais horas de trabalho corrigindo falhas de projeto e fazendo ajustes em veículos já lançados do que trabalhando em coisas novas. Isso faz parte e realmente não me incomodava. Vocês podem estar pensando: mas quanta gente incompetente trabalhando em montadora pra dar esse monte de merda !!! Em parte isso é verdade, tem mais gente incompetente nesse mundo do que pessoas boas de serviço. E tem muito incompetente que sobe de cargo facilmente por manjar da arte do puxa-saquismo. Mas não vou me adentrar mais nesse assunto político. Vamos assumir agora a situação utópica que toda a equipe de projeto é formada nas melhores faculdades, todos tem MBA e todos já foram destaque de funcionário do mês. Mesmo nessa situação não se está imune à erros...Primeiro porque estamos falando de seres humanos, e ninguém aqui como ser humano é infalível, por mais que existam os deuses da engenharia que pensem o contrário. E segundo porque existe uma coisa chamada Estatística, que está devidamente inserida na Teoria da Confiabilidade. E é a confiabilidade que a gente usa pra prever a durabilidade de uma peça ou mesmo calcular a sua probabilidade de falha. Sim, é essa a palavra chave: probabilidade.

A única certeza que tenho é que um dia vou morrer, de resto não se dá para ter certeza de mais nada. O resto são somente estimativas e quando falamos em estimativas estamos falando na probabilidade de um determinado evento ocorrer. A gente formula uma hipótese, por exemplo, "a suspensão não vai quebrar se submetida a uma carga x". Isso não é uma certeza absoluta, mas se testarmos essa hipótese e constatarmos que há 98% de chances da suspensão não quebrar com a carga X, podemos considerar isso como verdadeiro. Mas corremos o risco de 2% de não ser verdadeiro e mais pra frente der algum problema. Ainda que esse risco seja baixo, ele existe. E acontece mesmo dele se manifestar mais pra frente. Infelizmente isso é inevitável, e sabíamos que corríamos risco. Mas se não assumíssemos o risco, nunca que o veículo seria lançado. Todos os dias durante as discussões de projetos de peças novas nosso lado "macho alfa" era posto em conflito com os "fatores cagaço". Os riscos sempre são calculados e somente assumíamos quando tinhamos certeza que o mesmo era baixo.

Bom, é isso. Já falei trezentas mil vezes para os meus amigos que carro em lançamento sempre virá com alguma caca. E que as cacas podem vir de processos que não temos como controlar antes... Mas enfim, meus avisos sempre foram em vão, porque os caras sempre vão desejar o carrão do ano. Ah, tudo bem! Como sempre gosto de finalizar meus posts ácidos, vocês garantiram meu emprego por 4 anos, financiaram minha viagem pro Peru, minhas maquiagens da Lancôme, e minha bike.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Minhas maquiagens

Sim, tenho um lado fútil. Sim, gasto os tubos com maquiagem, e ultimamente com as viagens internacionais tenho feito a festa nos free shops. Tenho comprado verdadeiras exorbitâncias, mas nunca deixo de acreditar que se possa fazer uma make legal com produtos acessíveis. Uso bem esse termo, acessíveis. Nossa pele é um órgão sensível que não deve ser posta em risco com produtos de procedência duvidosa. Não uso e nem penso em comprar maquiagem muito baratinha, muito menos comprada em camelô. Aqui no Brasil se pode adquirir bons produtos comprando da Natura e Boticário, que não são caros e são encontrados facilmente. To expondo aqui meus ítens que acho tudo de bom, alguns são importados e custam mais caro, mas vale a pena o custo benefício, de verdade.

Tinted Lip Conditioner FPS 15 MAC cor Plum Perfect - Meu brilhinho vai com tudo. Vermelho, textura cremosa mas que não escorre, com um cheirinho e gosto de chocolate (dá vontade de comer a toda hora) e ainda por cima não dá aquele efeito "babado" do gloss. A cor pode parecer meio exagerada à primeira vista, e sou suspeita de falar porque a-d-o-r-o batom vermelho, mas nos lábios fica super discreta. Dá até pra passar e ir pra casa da vó. Esse ítem não sai da minha bolsa.

Rímel Telescopic L´Oreal cor preta - Taí um rímel tudo de bom, que não borra, não escorre, não deixa os cílios engruvinhados. Ah, e ainda tem a escovinha dele, que não deixa resíduos nos pelos. O resultado final é um visual de boneca, porque ele aumenta e alonga bem.Uso em maquiagens elaboradas e saídas noturnas.

Rímel transparente Color Trend Avon - Para usar nos cílios durante o dia, fica mais discreto. Também uso para pentear as sobrancelhas.

Curvex - Tenho 5, cada um em uma bolsa ou necessárie diferente. Não dá pra ficar sem!

Blush Natura cor 3 - Rosadinho, bonitinho, o pó não entope os poros. Adoro a cor. Uso no dia a dia para dar um ar saudável.

Pó bronzeante MAC- Taí o grande segredo da maquiagem!!! A melhor dica que poderia receber!!! Sabe aqueles dias que você acorda com aquela cara de cão chupando manga? O rosto pálido e sem graça? Uma passadinha de pó bronzeante nas bochechas, como se fosse um blush, dá aquela levantada no astral. Pra criar aquele visual "acabei de sair da praia" é só pegar o pincel já usado nas bochechas e passar pelo rosto todo, sem por mais pó. Fica sutil. Ah, e passe também no sulco entre o seios, se for usar um decotão.

Sombra duo Natura Aquarela cores bege + marrom (dia) e prata + grafite (noite)
- Tendo esses dois kits pequenininhos na bolsa já garante um belo make para qualquer situação.

Spectraban color base FPS 35 - Até que enfim achei um filtro solar descente, de textura finíssima e não gorduroso, e ainda por cima com cor de base. E como base, ele funciona muito bem, dando uma boa cobertura na pele e escondendo pequenas imperfeições. Outro produto que não vivo sem e passo todo dia religiosamente, independente de estar maquiada ou não, ou de fazer sol ou não. Só não passo quando vou praticar esportes, aí substituo por outro filtro mais potente. Melhor relação custo benefício impossível. Encontrável em qualquer farmácia.

Estojo Absolue Seduction Lancôme - Made in France. Tem tudo que é necessário para uma boa produção, porém em tamanho mini. É bom quando se vai viajar e não tem espaço na mala. Os produtos são excelentes, destaque para as sombras, os batons e o rímel. Esse arrematei nas alturas, dentro de uma avião da LanChile, a história foi loucura.

Jogo de pincéis da Mundial - Comprei em um armarinho da 25 de março, paguei 15 reais. Não deixa nada a dever para os pincéis profissionais.

domingo, 6 de setembro de 2009

Trilha sonora para a corrida

Aqui vai o meu top 10 de músicas para correr, em ordem crescente. Sei que a escolha de trilhas sonoras é algo muito pessoal, mas acho que nessa seleção tem algumas músicas que é impossível não associar com esse exercício físico:

  1. Sleeping in my car - Roxette. Essa também serve para dar cavalinhos de pau com o seu carro, bem furiosinha para aumentar o ritmo das passadas.
  2. It´s my life - Bon Jovi. O próprio refrão já antecipa a hora da morte "it´s my life and it´s now or never".
  3. How do you do- Roxette. Sinta-se uma miss sendo secada pelos saradinhos do parque. " I see you comb your hair/ and give that grim/ it makes me spin now/ spinning within/ before I melt like snow/ I say hello/ How do you do?"
  4. Que maravilha! - Jorge Ben Jor. Essa é para os dias de chuva e lama. A letra da música já diz tudo e fico imaginando a cena descrita "lá fora está chovendo/ mas assim mesmo vou correndo/ só pra ver/ o meu amoooor".
  5. Gonna fly now- Trilha sonora do Rocky. Precisa de descrição? A ceninha do Rocky Balboa correndo nos trilhos do trem ao som dessa musica já explica tudo.
  6. Last train to London - Eletric Light Orchestra. A batida disco parece empurrar para frente.
  7. Gipsy- Fleetwood Mac. Uma graça...me sinto a própria cigana. Também música para observar a "paisagem"...
  8. Huricane - Bob Dylan. Huricane é um boxeador, mas dá para extrapolar sua força e energia para as pistas de atletismo e as ruas.
  9. Love is in the air- Jonh Paul Young. Embarquei totalmente na onda "Love is in the air", é uma vibe muito legal e atualmente é a minha música chiclete, aquela que ponho pra tocar 200 vezes no meu i-pod, seguidamente sem interrupção. É um sonho correr ouvindo ela, parece que to pisando em nuvens, por mais que a "canelite" esteja pegando...
  10. Go your own way - Fleetwood Mac. Run Forrest, run !!! Essa daí também dispensa explicações. É o maior hit runner de todos os tempos!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Mal de altura

9 meses depois... Resolvi escrever esse post depois que uns amigos meus me perguntaram sobre o mal de altura. O fato é que estive em altitudes superiores ao maior pico do Brasil, ou sejam, coisas que a gente realmente não está acostumado. Só a cidade de Cuzco está localizada a 3800m arriba. Macchu Picchu é um pouco menos (!), está a 2800m. Porém cheguei até uma montanha bem íngreme chamada Abra de Málaga, cuja altitude é 4400m, de onde despenquei de bicicleta.

Bom, o quanto você vai sofrer ou não com o mal de altura depende da reação do seu organismo e isso é muito pessoal, pois cada um vai sentir com uma intensidade diferente. Achei meio exagero aqueles cilindros de oxigênio no aeroporto de Cuzco, pensei que a minha chegada lá vinda direto de Lima fosse um choque, mas foi o contrário. Lima estava calor, eu estava incomodada, e o clima em Cuzco quando cheguei estava muito agradável e me fez até bem.

Por ter me sentido melhor do que o esperado não quis dizer que não tive mal de altura. No primeiro dia tive dores de cabeça bem leves e me sentia um pouco ofegante para subir e descer ladeiras. Mas passou rapidinho. Nada que aqueles conselhos de vó não resolvam: se alimentar bem, não fazer muito esforço e beber bastante água. Em resumo, pegar leve. Acho que o conselho chave para quem vai se enveredar por aquelas bandas é fazer um bom planejamento, agendando os passeios mais "radicais" uns 2 dias depois da chegada à Cuzco, para que se tenha tempo de se adaptar e não correr o risco de perder o passeio caso passe mal. E, pelo mesmo raciocínio, não ter pressa de fazer as coisas, sempre deixar uns horários em aberto, umas janelas para não fazer nada e tomar um sorvete na praça. Como já comentei, a trilha Inca deve ser iniciada depois de 4 dias de estadia em Cuzco, por ser uma passeio realmente muito pesado.

Vamos agora à parte controversa: a nossa amiguinha folha de coca. Nada de preconceitos contra ela! O princípio ativo da cocaína está presente em doses baixíssimas no chá de coca, então resumindo, voce não ficará doidão ao tomar o chá ou mascar a folha de coca. Os efeitos da coca sao algo parecido com você tomar um café forte ou um guarapower, nada mais. Mas funciona pra tratar o mal de altura, para dar um gás nas subidas das trilhas e eu usei muito o chá como digestivo após aquelas refeições cheias de pimenta que servem por lá. Provar ou não a coca é uma decisão sua, porém não se iniba de provar com medo de ficar doidão. Não fica. Para quem provou e gostou, compre caixinhas de chá de coca industrializado e traga sem medo para o Brasil. Atenção, leve só os saquinhos industrializados, levar a folha em natura acho meio arriscado. O chá feito de saquinho não tem a mesma bossa daquele feito direto com as folhas, mas já dá pra impressonar os amigos numa reuniãozinha. Ou mesmo te manter ligadão para virar a noite estudando em véspera de prova.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Eu, Mariana P, 27 anos e viciada em calculadoras

No prézinho e no primário ela era proibida. Falavam que ela prejudicava o ensino da matemática. E era verdade mesmo, pois todo o trabalho de fazer continhas de somar, subtrair, multiplicar e dividir era feito por essa máquina. Ela literalmente resolvia a lição de casa em poucos minutos. Comecei nesse mau caminho muito cedo, 7 anos de idade e já tendo contato com drogas, usando-as ilicitamente para agilizar a lição de matemática e poder ir brincar na rua mais cedo.

Cheguei na 8a série e foi um sonho quando finalmente a calculadora simples foi liberada no dia a dia e nas provas. Esse instrumento me acompanhou até o 3o colegial. Foi no vestibular da Fuvest que tive minha primeira crise de abstinência séria. Ali não podia usar calculadora e por alguns instantes me deu um branco numa questão quando não consegui mais fazer multiplicação com reserva. Chocante. Deu tremelique. E é claro, uma vez que você vicia numa droga, quer sempre passar para coisas mais pesadas. No meu caso, no colegial, não dava mais para se entreter com uma calculadora simples, já surgia desejos de ter uma científica. Aquelas funções trigonométricas, equações logarítmicas e etc, aquilo tudo embananava a cabeça. Mais uma vez fazia uso ilícito para resolver a lição de casa. Parti também para ações mais ousadas. Escondia a calculadora científica no banheiro e na hora da prova ia checar as questões do lado da privada, uma cola muito bem bolada.

Passei na faculdade, comecei a ter aulas do ciclo básico, aquelas matérias tipo cálculo, GA, equações diferenciais...Aí liberou geral a calculadora científica. Mas como vocês devem conhecer a história, a gente sempre quer dar um up...O passo natural seria ter uma famigerada HP, que resolve integrais, derivadas, faz gráficos e até dá os diagramas de esforços solicitantes nos exercícios de RM. Foi aí que caiu a ficha e comecei a lutar bravamente contra meu vício em calculadoras. Substituí as funções da HP por programas de computador. Fazia rotinas no matlab, modelagem matemática no maple VII e os problemas estruturais mais cabeludos eu passava pra galera dos elementos finitos resolver. Mas isso também não me isentou de surtar de vez em quando. Que nem quando passei uma noite inteira programando o maple para resolver um problema de equação diferencial parcial por LaPlace. Foi até o amanhecer queimando incenso na varanda, tomando umas 6 latas de cerveja e programando. Muito louca a experiência. Depois todo mundo queria copiar o trabalho. Os progamas de computador não eram tão pesados quanto as calculadoras, o poder alienante era menor, o que fazia meu cérebro funcionar quando estava longe deles. Mas nao deixavam de ser drogas.

Hoje posso dizer que ainda não estou curada desse vício maldito. E anos e anos usando essa droga me deixou com sequelas irreversíveis. Não consigo mais fazer cálculos mentais. Não consigo mais calcular o troco da padaria. Não me pergunte quando é 2+2. Alguns me perguntam como consigo ser engenheira sem ter competência pra fazer cálculos rotineiros. Simples, eu viajei tanto, fiquei tanto no abstrato que tiro as soluções para os problemas de maneiras não convencionais. Mas quando se fala em coisas concretas, tremo nas bases. Gente, esse é o relato sincero de uma viciada assumida em calculadoras. Cuidado com essa droga! Ela traz consequências sérias para a sua vida.

domingo, 23 de agosto de 2009

Fugindo de sexo, drogas e rock n´roll


Anos 70. Auge da contra cultura, da liberação sexual, do movimento hippie e berço do rock n´roll. A visão de um casal de irmãos, ele de terninho, ela de vestidos esvoaçantes e cheios de lacinhos, ambos cantando músicas românticas, era de causar espanto. Era um oásis do açúcar no meio da pólvora. E eles fizeram muito sucesso, mas muito mesmo nesse panorama contraditório. Estou falando dos Carpenters. Richard, com seus arranjos impagáveis, um cara de sacadas geniais, sempre acompanhando Karen, com sua voz de anjo.

Penso que no fundo todo mundo tem seu lado água com açúcar. É tão gostoso suspirar de vez em quando...E imagino que naquela época as pessoas, com toda aquela euforia de mudança, eram um pouco reprimidas de demonstrarem romantismo. Os Carpenters quebraram isso com maestria e hoje conheço muitas pessoas que ainda se emocionam ao ouvir suas músicas, passados 30 anos. Me incluo nessa, apesar de ter nascido bem depois do auge do sucesso deles. Gosto de um rock, um brit pop, ou novidades alternativas, mas ainda de vez em quando pego meus olhos se enchendo de lágrimas quando ouço "we´ve only just begun". Putz, como é gostoso escutar "rainy days and mondays" quando se está na pindaíba, naquela dor de cotovelo que insiste em não passar. A voz da Karen parece um cobertozinho te aquecendo nos dias frios ou um colinho de mãe te consolando quando se está na pior. E as letras das músicas parecem explicar todo aquele turbilhão de sentimentos que todos passamos. Pena a Karen ter ido embora tão cedo...

Falo tanto em ser contra o politicamente correto, burlar as regras, ser diferente, ser rebelde. Agora tô tirando o chapéu para músicos ousados. Cuja principal ousadia foi pregar que não podemos viver sem músicas que tocam o nosso coração.

sábado, 22 de agosto de 2009

It´s performance !

Algumas perguntas que não se calam...
  • Como você consegue gastar R$ 10000 numa porcaria de bike e fica circulando por aí num escort velho?
  • Não entendo, suas malhas e bermudas são ultra leves, de tecido tecnológico e você vai ao shoping com uma camiseta furada?
  • Por que você se depila? (se for homem)
  • Como você consegue usar roupinhas coladas ao corpo? Você é gay? (se for homem)
  • Essa dor aí no traseiro? Você não deu o rabo pra ninguém não? Você é gay?
  • Tem certeza MESMO que você não é gay?
  • Você já tem a mesa em carbono. O seu garfo é de carbono. Pra que um quadro de carbono agora?
  • Como consegue engolir aquelas gororobas nojentas que você mistura no liquidificador?
The answer my friend...is blowing in the wind...ahahahahah Não, não, não, that´s PERFOMANCE!!! PERFORMANCE !!!! Assitam a esse video do youtube e descubram o por que

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Freios, embreagens...fazendo uma fritada

Para quem não sabe, as pastilhas de freio e os discos de embreagem de veículos do dia a dia são feitos de material orgânico. Uma mistureba de resina fenólica, fibra de vidro (ou de kevlar, se o seu carro for um Audi ou um Mercedes), enxofre, fios de cobre e outras coisinhas. As formulações exatas são como um pó de pirlimpimpim que as indústrias guardam como segredo de 7 chaves. Em se tratando de material orgânico, o fator limitante de uso chama-se temperatura. E mau uso. E é isso que quero esclarecer nesse post, porque tenho presenciado fritadas e traquinagens totalmente desnecessárias em veículos do dia a dia.

A maioria dos polímeros que conheço dificilmente não sofrem degradação em temperaturas acima de 300°C. Talvez os revestimentos de embreagem e pastilhas de freio (que vou chamar aqui de materiais de fricção) resistam um pouco mais por causa da mistureba, pero no mucho... E o que acontece numa fritada? O material de fricção entra em um estado que chamamos de fading. Quando isso acontece o coeficiente de atrito entre ele e a sua contra peça (ex: disco de freio) vai a níveis próximos de zero, comprometendo completamente a segurança do sistema. Já peguei contra peças resultantes de fading e notei transformações martensíticas ali. Não vou entrar em detalhes sobre o que seja transformação martensítica. O que isso significa é que se o metal mudou de fase, é que a temperatura local ultrapassou os 700°C, agora dá pra ter noção da fritada né.Tá, alguns espertinhos podem argumentar com a mocinha aqui que o freio/embreagem voltou a funcionar depois da fritada. Ah é? Pois a mocinha responde: você perdeu em eficiência de frenagem/troca de marchas, além de diminuir a vida útil do produto. Vão aí outras atitudes que considero crequinagem ne primeira:

  • Estando em uma ladeira, socar no acelerador e soltar a embreagem com tudo. Odeio o barulho que isso faz. E odeio depois o cheiro de resina fenólica queimada. Custa achar o "ponto"?
  • Usar a embreagem como freio...Sem comentários
  • O vício irritante de triscar no pedal de freio sem necessidade. Por mais que não pareça, cada relada nesse pedal está acionando sim o sistema de frenagem, portanto gastando pastilha
  • Fazer performances exibicionistas sem estar capacitado para tal (não me usem como exemplo ahahaahah).
  • Descer na banguela. Economia de combustível...Que lindo...Só que esqueceram de falar de que mesmo quando não há transmissão de torque entre o volante do motor, caixa de engrenagens e eixos, todos esses sistemas mencionados continuam girando em inércia, porém cada um em uma frequência diferente. Ainda mais na descida, que por conta da gravidade faz com que a rotação dos eixos aumente. Aí surge a necessidade de se engrenar de novo o veículo, e o sujeito engata uma relação que não é compatível com a rotação dos eixos. Sabe o que acontece? Caixa de engrenagens, disco de embreagem, platô e outros mais explodem em pedacinhos. Pena eu não estar autorizada a publicar aqui as fotos desse circo dos horrores.
Como última informação pertinente para quem ainda não acredita em mim. Na fórmula 1 as embreagens e pastilhas de freio são feitas de carbono-carbono (matriz carbono reforçado com fibra de carbono), material que aguenta muito mais que o orgânico comum. Terminou a corrida, joga tudo fora. Ninguém quer correr o risco de passar por um fading no meio da corrida. Se lá é assim, por que não ter um mínimo de preocupação com as peças do dia a dia? Não precisa ficar trocando toda hora, mas faça a troca no prazo de validade e não force a barra para diminuir esse prazo.

Bom, como sei que o povo vai continuar a se comportar mal, fico feliz de informar que esses cretinos garantiram o meu emprego por 4 anos. Vocês financiaram a minha viagem pro Peru, as minhas maquiagens e cremes da Lancôme e a minha bike. Fica aqui minha gratidão.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Males do selim- Higiene é fundamental

Oie! Essa matéria está sendo retirada da revista VO2, especializada em ciclismo. Estou publicando aqui para dar um reforço no quão importante isso é para a prática do dia a dia. Não concordo 100% com tudo que está escrito, mas enfim, é uma referência de uma publicação especializada.

" Para evitar assaduras, furúnculos e dermatites provocadas pelas horas a fio passadas sobre o estreito e duro selim, a higiene é determinante. Nunca use a mesma bermuda sem antes lava-la e jamais use cuecas ou calcinhas sob ela, afinal uma boa bermuda de ciclista já vem com recestimento antibacteriano. Vestimentas sujas, além de conter mais bactérias, não permitem uma aeração tão boa quanto as limpas. Troque-a por uma roupa mais confortável tão logo o treino terminar. Outra dica é não depilar a região da virilha, pois pode causar irritação, inflamação e infecções na área. Após o banho, seque bem a região pubiana. Se o problema já estiver instalado, entretanto, prefira selins com gel, por serem mais macios e confortáveis. Se a dermatite for causada pela fricção entre a região púbica e o selim, lance mão de cremes emolientes, como vaselina. Se mesmo assim a dermatite persistir, dê uma folga aos treinos de bike e procure um dermatologista"

domingo, 16 de agosto de 2009

O HPV

Tive a triste notícia de saber que uma amiga minha, uma pessoa próxima, teve uma infecção muito séria no útero por causa do papiloma vírus humano (HPV). Não vou entrar em detalhes, até porque quero preservar a identidade dessa pessoa, mas posso dizer que ela agora já recebeu atendimento, passa bem e está em recuperação.

A gente acha que doenças sexualmente transmissíveis é algo que nunca vai acontecer conosco. Que é coisa de gente promíscua e de mulheres da "vida". Não é. Essa menina é bem sossegada e certinha, porém foi se envolver com um tipinho meio cafajeste e o cara tava contaminado. No homem o vírus não tem nenhuma ação, portato eles nem sabem que estão contaminados, porém em nós mulheres ele faz muito estrago, podendo até gerar câncer de colo de útero. Portanto meninas, cuidado! Por mais que vocês já façam uso de pílula anticoncepcional, usem sempre camisinha, ainda mais se não conhecem o cara direito, pricipalmente se for a primeira vez que transa com o cara. A camisinha é o único método que irá prevenir outras doenças sexualmente transmissíveis. E vocês meninos, façam o favor de respeitarem a moça que irá dormir com vocês, nem que seja um caso de uma noite só. Usem a camisinha! Esse vírus é muito comum e vocês podem nem saber que estão contaminados. E se souberem, aí que tem que usar mesmo, em qualquer circunstância.

Posso até estar meio "noiada", como disse meu ginecologista quando fui tirar algumas dúvidas a respeito desse assunto, mas enfim, esses procedimentos tão simples foi a única coisa que ele me recomendou. Existe uma vacina contra o HPV. Eu não posso mais tomar, pois tenho 27 anos (a vacina é só até 26 anos), porém é uma boa idéia as meninas abaixo de 26 anos tomarem a vacina, principalmente se ainda não tiveram relações sexuais. Segundo o doutor, 70% das mulheres já entraram em contato com o vírus, mas a maioria apresenta formas mais brandas do vírus. Existe uma variedade grande de HPV, porém uns 4 ou 5 tipos realmente irão causar o câncer. Mesmo assim não é bom bobear.