sábado, 13 de junho de 2009

Ôro Preto




Por mais que tenha viajado o Brasil todo, sempre falta algo pra se ver. Ouro Preto é um grade surpresa, nunca tinha visitado essa preciosidade ultra turística, mas ao mesmo tempo com tantas outras coisas inexploradas para se conhecer. A primeira impressão é que parece que a cidade parou no tempo. Mesmo que não se encontre donos de minas, senhores de escravos, negros escravos e alforriados, madames com brincos enormes de diamantes, mesmo assim parece que eles vivem ali, ainda que os atuais habitantes e transeuntes sejam outros.

A reflexão maior talvez seja a sociedade hipócrita que se criou naquela época. Onde o ouro obtido à custa do sangue de milhares de escravos era usado pra comprar as entradas para o céu. Onde o moralismo escondia falcatruas e injustiças. Mas enfim, apesar desse lado negro do passado, a beleza dos casarões é de impressionar quaquer um.

O surreal de Ouro Preto é a densidade de igrejas por metro quadrado. Sem brincadeira, num mesmo quarteirão cheguei a encontrar 3 igrejas. Numa vista panorâmica da cidade, contei 20 igrejas que meus olhos conseguiam alcançar, tirando outras fora do circuito. Por essa quantidade de igrejas, dá pra imaginar que o povo do período colonial já tinha garantido o seu lugar no céu.

As coisas da hora da cidade são os restaurantes simples, fora do circuito turístico, que servem lombinho com tutu de feijão. As casinhas que servem doces de compota também são 10. Para quem quer se inserir no circuito estudantil, as festas de república são a pedida. E, é lógico, a beleza do casarões fala por si só.

Viajantes com destino às cidades históricas: aproveitem! Isso é Brasil!

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